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FOTO DA CERIMONIA DE INSTALAÇÃO DE QUATRO VENERÁVEIS
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
REFLEXÃO
As Árvores
Tempos atrás eu era vizinho de um médico cujo “hobby” era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. O que mais chamava minha atenção, entretanto, era o fato dele jamais regar as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que as árvores demoravam a crescer. Certo dia resolvi perguntar se ele não tinha receio das árvores não crescerem por falta de rega. Foi quando, com ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria. Disse que, se regasse as suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele regava pouco, as árvores demorariam mais para crescer pois suas raízes teriam que buscar a água lá no fundo, nas várias fontes nutrientes encontradas nas camadas inferiores do solo. Assim, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes. Disse-me ainda que, freqüentemente dava uma palmadinha em suas árvores com um jornal enrolado, para que elas se mantivessem sempre acordadas e atentas. Essa foi a única conversa que tive com meu vizinho. Logo depois fui morar em outro país e nunca mais o encontrei. Vários anos depois, ao retornar, fui olhar minha antiga casa. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho havia realizado o seu sonho! O curioso é que aquele dia ventava muito e as árvores da rua estavam arqueadas, quase sem resistir ao rigor do inverno. Mas, no quintal do médico, as árvores estavam sólidas, resistindo implacavelmente a ventania. As privações que as árvores enfrentaram pareciam tê-las beneficiado muito mais do que o conforto e o tratamento fácil. Aí pensei nos meus filhos. Todas as noites, antes de me deitar, vou até o quarto deles, olho, observo como têm crescido. Rezo por eles. Na maioria das vezes peço para que a vida lhes seja fácil. “meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo”. Mas, diante do exemplo das árvores, penso em mudar minhas orações. Sei que encontrarão muitos problemas. Portanto tenho que rezar para que eles tenham raízes profundas de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes. Pedimos demais, felicidade. Mas, na verdade precisamos pedir e ensinar desde cedo que precisamos desenvolver raízes fortes e profundas de tal modo que, quando os ventos soprarem, resistiremos bravamente ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.
Colaboração de Antonio Lobue (ARLS Renascença Santista - 339)
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